Ana Bacalhau é um nome de referência no panorama musical português.
Em 2017, deixa para trás dez anos de participação vocal nos Deolinda (grupo inspirado pelo fado e pelas suas origens tradicionais) e apresenta-se a solo com o seu álbum Nome Próprio - título simbólico de uma afirmação pessoal -“Este disco é uma afirmação do eu e da minha feminilidade”.
Na música Leve como uma Pena, que fala sobre inseguranças e medos, a cantora refere que:
"- Há o não saber se sou capaz. Há vozes que nos puxam para baixo e nos fazem duvidar. Mas há aqui uma centelha, uma teimosia e uma tenacidade de me exprimir através da música que permaneceu sempre. No final, a fome e a gana de deitar tudo cá para fora venceram todas essas tempestades. Este disco é um reflexo disso."
Uns dizem que não posso Outros que não sou capaz Se aprovam ou reprovam A mim tanto faz
— Ana Bacalhau Leve como uma Pena
LETRA e MÚSICA: JORGE CRUZ
E olha ao longe a praia O bote aguentou Bom vento sopra forte Que é pra lá que eu vou
Formosa e segura Venha quem vier Finalmente livre Sem nada a temer
Uns dizem que não posso Outros que não sou capaz Se aprovam ou reprovam A mim tanto faz
Passou a tempestade O momento chegou É hora De mostrar quem eu sou
Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena
O medo atrapalha A ilusão confunde A obra boquiabre Aboca meio mundo
E se o que eu for, for feito E o que eu fizer for meu Pode não ser perfeito Mas há de ser eu
Cairam rios de chuva O vento uivou lá fora A pouco e pouco o temporal Foi acalmando agora Já só falta uma nuvem Para o sol brilhar É hora de por isto a andar
Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena
Dias e dias Carregando um fardo Que afinal não era meu À procura de uma resposta
E a resposta A resposta Pelos vistos A resposta sou eu
Até podem rogar-me pragas Ou lançar-me às feras Insistirem em encaixar Onde eu não couber Já não vou ficar mais pequena Podem atar meu mundo à perna Para me ver aos tombos E apoiar-se nos meus ombros Que eu sinto-me leve Leve como uma pena
Leve, leve Olha agora sinto-me leve Leve, leve, leve Como uma pena Leve, leve Olha agora sinto-me leve Leve, leve Leve como uma pena
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