É um concurso anual de canções organizado pela União Europeia de Radiodifusão (European Broadcasting Union – EBU). Dele, participam os países cuja emissora nacional é membro associado da organização.
O Eurovision surgiu em 1956, baseado no festival italiano Sanremo. Sua primeira edição aconteceu na Suíça, no dia 24 de maio, onde sete dos dez membros originais da EBU apresentaram duas canções cada. Na ocasião, a vencedora foi a dona da casa Suíça, representada por Lys Assia e o tema “Refrain“.
Países
Até o momento, 52 países já participaram do festival pelo menos uma vez, incluindo os extintos Iugoslávia e Sérvia & Montenegro.
Para que um país faça parte da festa, é necessário que sua emissora nacional – estatal – seja membro ativo da EBU. A exceção é a Austrália: ela foi convidada especial em 2015, como parte da comemoração dos 60 anos de competição e 30 anos de transmissão da SBS; contudo, ela tornou-se participante ativa em 2016, ainda que sua emissora siga sendo um membro associado.
Caso haja vontade de um país participar na edição seguinte do concurso à qual não participou, essa edição anterior teria obrigatoriamente de ser transmitida ao vivo para todo o país.
Regras principais
Estas são algumas das principais regras da competição:
Participantes
Cada ato pode ter, no máximo, 6 pessoas no palco;
A idade mínima para participação é de 16 anos, completados no dia da primeira semifinal;
As canções devem ter três minutos e não podem ter sido lançadas comercialmente antes de 1º de setembro – caso elas tenham sido interpretadas e/ou divulgadas antes desta data, essa divulgação não pode dar vantagem desleal ao ato perante os outros concorrentes;
Atualmente, as canções podem ser interpretada em qualquer idioma.
Não pode haver mensagem política, religiosa ou comercial nas canções, nem palavras de baixo calão.
Finais nacionais
Cabe à emissora decidir a forma de escolher seu representante: totalmente interna, parcialmente interna, seletiva nacional com escolha do júri, seletiva nacional com escolha do público ou seletiva nacional com escolha dividida (júri e público);
Também cabe à emissora decidir o formado de sua seletiva: ter apenas a final ou ter rodadas eliminatórias;
Uma seletiva ser escolhido apenas o intérprete, apenas a canção ou os dois.
As seletivas devem seguir as mesmas regras do Eurovision, contudo podem ser acrescentadas regras adicionais, tais como limite máximo de idade, proibição de divulgação anterior das canções, nacionalidade dos intérpretes, etc.
Formato
Atualmente, o Eurovision dura uma semana: são duas semifinais, celebradas na terça e na quinta, e a final, celebrada no sábado.
O país-sede é, geralmente, o país que venceu a competição no ano anterior;
Caso o país não queira sediar o evento, abre-se inscrições para os países interessados – a EBU escolhe, dentre os inscritos, aquele país cuja proposta mais se adeque às necessidades do evento;
O festival acontece em maio, em data a ser fechada entre a EBU e o país anfitrião;
Não há limite de países nas semifinais, porém, a final deve ter, no máximo, 26 países
Todos os países devem passar pela semifinal, com exceção do Big-5, que são os países que mais contribuem financeiramente para a EBU, e do país anfitrião. Os membros do Big-5 são Alemanha, França, Espanha, Reino Unido e Alemanha;
Dez países de cada semifinal passam para a final;
Caso o país anfitrião seja um membro do Big-5, nenhum outro país terá a classificação direta à final.
Sorteio
Os países que participam da semifinal participam de um sorteio de alocação, no qual é definida em que semifinal cada um irá se apresentar e em que parte do show será essa apresentação (primeira ou segunda parte);
Nesse mesmo sorteio, é definida em que parte da final os países diretamente classificados irão se apresentar (primeira ou segunda parte) e em que semifinal eles devem votar;
A ordem de apresentação é definida pela organização do festival, levando em consideração o estilo das canções e a dinâmica do show para quem está assistindo pela televisão.
Votação
Tanto nas semifinais quanto na final, a votação segue o sistema 50/50 – 50% voto do público e 50% voto do júri;
O voto do público é dado através de televoto, SMS e aplicativo;
O júri de cada país é composto por cinco profissionais da música, escolhidos pela própria emissora;
Os votos do público e do júri são contabilizados separadamente, da seguinte forma: 12 para a canção preferida, 10 para a segunda colocada e de 8 a 1 para as oito canções restantes do top-10;
A pontuação final de um país é a soma de todos os votos do júri com a de todos os votos do público;
Nas semifinais, votam apenas os países concorrentes daquela semifinal e os finalistas designados em sorteio;
Na final, todos os países concorrentes devem votar, incluindo os que não se classificaram;
Os votos do público e do júri são contabilizados separadamente, da seguinte forma: 12 para a canção preferida, 10 para a segunda colocada e de 8 a 1 para as oito canções restantes do top-10;
Não se pode votar no próprio país;
Caso um país não atinja o número mínimo de votos do público, é utilizado um resultado substituto será calculado com base no resultado do público de um grupo de países pré-selecionados, aprovados pela EBU e pelo grupo de referência;
Caso o voto do júri de um país seja considerado inválido, é utilizado um resultado substituto será calculado com base no resultado do júri de um grupo de países pré-selecionados, aprovados pela EBU e pelo grupo de referência.;
Durante a semifinal, são apenas divulgados os nomes dos dez classificados;
Durante a final, os pontos de 10 a 1 aparecem na tela, enquanto um porta-voz lê a os 12 pontos;
Os votos do público de todos os países são somados e são anunciados de país por país, começando pelo que recebeu a menor pontuação e indo até o que recebeu a maior pontuação;
O vencedor é aquele que recebeu mais votos na soma de todos os votos;
Em caso de empate, o maior número de 12 pontos decidirá o vencedor. Se o empate persistir, vamos para o maior número de 10 pontos e assim por diante. Ainda que pouco provável, se o vencedor não puder ser determinado dessa forma, vale o país que se apresentou primeiro no show em questão.
Festival Eurovisão da Canção 2018 em Portugal
O Festival Eurovisão da Canção de 2018 será a 63.ª edição anual do evento.
O festival será realizado pela primeira vez em Portugal, depois de Salvador Sobral ter ganhado a edição anterior com a canção Amar pelos Dois.
O evento ocorrerá em Lisboa, na Altice Arena, no Parque das Nações. As semifinais serão realizadas nos dias 8 e 10 de maio e a final dia 12 de maio.
A 63.ª edição do concurso é disputada por 43 países, chegando apenas 26 à final, marcada para sábado - 12/05.
Portugal, por ser o país anfitrião tem entrada direta para a final, não tendo de competir nas semifinais, que decorrem na terça e na quinta-feira, também na Altice Arena.
Em 2018, Portugal concorre com a canção "O Jardim", interpretada por Cláudia Pascoal e composta por Isaura.
Além de Portugal, outros cinco países têm entrada direta na final, os chamados 'Big 5' - Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e Itália -, os países que contribuem com mais verbas para a European Broadcasting Union (EBU, na sigla em inglês), que organiza o concurso.
Até Salvador Sobral ter vencido o concurso no ano passado, em Kiev, Portugal nunca tinha passado de um sexto lugar.
Portugal participou a primeira vez em 1964, tendo falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Das 49 canções portuguesas que concorreram ao Festival da Eurovisão, dez ficaram nos dez primeiros lugares.
A primeira vez foi em 1971, com a música "Menina do alto da serra", interpretada por Tonicha, a conseguir alcançar um 9.º lugar. Nos dois anos seguintes, Portugal manteve-se nos dez primeiros lugares com "A festa da vida" (7.º lugar), interpretada por Carlos Mendes, e "Tourada" (10.º), cantada por Fernando Tordo.
Ainda na década de 1970, Portugal conseguiu um 9.º lugar com "Sobe, sobe, balão sobe", interpretada por Manuela Bravo, em 1979. Um ano depois, já nos anos 1980, José Cid conseguia alcançar o 7.º lugar do pódio, com "Um grande, grande amor".
Na década de 1990, além do 6.º lugar de Lúcia Moniz, Portugal ocupou três vezes lugares no 'top tem': em 1991, com Dulce Pontes e "Lusitana Paixão" (8.º lugar), em 1993, com Anabela e "A cidade (até ser dia)" (10.º), e, em 1994, com Sara Tavares e "Chamar a música" (8.º).
Entre as piores classificações portuguesas de sempre no Festival Eurovisão da Canção estão três últimos lugares: António Calvário com "Oração", que obteve zero pontos, em 1964, Paulo de Carvalho com "E depois do adeus", com três pontos, em 1974, e Célia Lawson com "Antes do adeus", com zero pontos, em 1997.
Ao longo dos anos, as músicas que representaram Portugal foram em larga maioria cantadas em português, com exceção de três anos: 2005, 2006 e 2007.
Em 2005, Portugal concorreu pela primeira vez com uma música cantada parcialmente em inglês. Em "Coisas de nada (gonna make you dance)", interpretada pela 'girlsband' Nonstop, o refrão era em inglês.
No ano seguinte os 2B (Rui Drumond e Luciana Abreu) levaram ao festival "Amar", uma música cantada maioritariamente em inglês. Já a música que representou Portugal no concurso em 2007, "Amar", de Sabrina, tinha uma letra maioritariamente em português, mas com algumas frases em francês, espanhol e inglês.
+info em ESCPT
~~~~~~~~~~
Comments